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Mars To Travel

Um dia em: Brooklyn, EUA

Brooklyn aka BK △

Não me perguntem porquê, mas os meus fascínios sobre os EUA vêm em vários patamares de interesse,  logo no topo da lista estava Brooklyn.

Fui a Nova Iorque pela primeira vez em 2017 e este foi um dos pontos altos da viagem. 

Não sei se pelos filmes de gangsters, pelas inúmeras histórias de sonhos vendidos em BK e realizados em Manhattan, por ter sido nestas ruas que cresceu Shawn Carter (aka Jay-z), (para saber sobre isto aconselho vivamente ver o episódio da série do Letterman ‘’My Guest Needs no Introduction’’ da Netflix), ou tantos outros com vidas igualmente caricatas.

A verdade é que o amor platónico por este lugar é tanto, que mesmo depois de lá ter ido, dou por mim a idealizar o regresso em busca dos locais que não consegui ver da primeira vez. 

Em 2017, ficamos cerca de 17 dias pelos Estados Unidos. Exploramos um pouco dos distritos de Nova Iorque, New Jersey e Pensilvânia.

Aterramos ao final do dia, num sábado, e no dia seguinte já tínhamos planeado ver um jogo de basquete dos Brooklyn Nets, no Staples Center, em Brooklyn. 

Os bilhetes custaram cerca de 27 dólares e foram adquiridos no site Ticketmaster.

Essa tarde, foi o primeiro contacto com este bairro de Nova Iorque, não podia ter sido mais incrível. 

Apesar de ser em Outubro, estava uma tarde de sol, e claro, os Nets ganharam!

Neste dia, não exploramos muito mais a área, mas visitamos uns cafés junto ao estádio, a loja oficial dos Nets, etc. O ambiente era super tranquilo e domingueiro!

Ainda assim, antes de regressar a New Jersey, paramos perto do Porto de Brooklyn para observar o skyline. Algo que aconselho vivamente fazer, estar em NYC top, mas observá-la à distância também 😉

Passado uns dias, agendamos um dia para explorar Brooklyn a pé e tentar conhecer melhor esta zona.

Fizemos mais ou menos este percurso, começando no World Trade Center, uma vez que este era o nosso ponto de entrada na big apple todas as manhãs.

A entrada mais emblemática neste distrito de Nova Iorque faz-se pela majestosa Ponte de Brooklyn, aqui deparei-me com o expoente máximo da contemplação em NYC. 

Não sei se me sinto mais Carrie Bradshaw, no genérico do Sex in the City, ou se uma ‘’falsa’’ contempladora de arquitectura, mas o certo é que a ponte é linda, a sua imponente figura, o contraste da estrutura em tijoleira e o passadiço de madeira que nos leva até ao outro lado do Rio East.

A ponte é de encantar e conseguem-se tirar fotos incríveis tanto à ponte, como da perspectiva que ela oferece de Manhattan, que vai ficando em plano de fundo à medida que atravessamos a ponte até à outra margem.  

Aposto alto nisto: é impossível alguém ficar-lhe indiferente.

Atravessar esta ponte a pé de Manhattan (2km) até Dumbo, em BK, foi – SEM DÚVIDA – o passeio mais esperado, se não o grande propósito, na minha ‘’primeira vez’’ na cidade que não dorme.

Chegar à outra margem também significa chegar a uma zona mais calma, e com menos azáfama, ficamos claramente com a sensação que a parte mais barulhenta fica para trás também. 

Se a travessia entre margens do Rio East é obrigatória pela Ponte de Brooklyn, não menos obrigatório é a primeira paragem em DUMBO, no Water Street, para a típica foto com a ponte de Manhattan como fundo, enquadrada com o Empire State Building e os edifícios em tijoleira dos prédios desta rua. 

Este deve ser possivelmente a rua de BK mais fotografada e instagramavel de sempre, ao lá chegar entenderão porquê: é super apetecível, ninguém resiste a típica foto.

Dumbo (aka Down Under Manhattan Bridge Overpass) é uma espécie de zona antiga de Brooklyn que foi totalmente recuperada há uns tempos. Nasceu de uma zona essencialmente industrial e agora alberga imensas concept stores, empresas de pequena dimensão, bem como, cafés, lojas e restaurantes.

West Ellm é uma das lojas de destaque, uma loja super moderna de decoração de interiores.

É uma espécie de local cool daquela margem e isso sente-se pelo passeio naquele quarteirão.

É também, actualmente uma das zonas mais ‘’in’’ e caras de Nova York.

Dumbo teve um crescimento super rápido, confirmá-lo-á o Jay-Z enquanto se auto intitula de ‘’dumb(o)’’ por não ter investido aqui no mercado imobiliário há uns tempos atrás, na música ‘’Story of O.J.’’, do álbum 4.44. #geekalert

Pertinho e imperdível é também o Jonh Street Park, de onde se consegue observar Manhattan, pelas margens do rio. 

Antes de seguir nesta direção, percam 3 minutinhos para uma foto no Jane’s Carousel.

Deste lado, a contemplação faz-se através de um grande relvado com uma vista de NYC de fazer inveja. Este parque encontra-se na margem do Rio East e é fácil lá chegar fazendo o caminho entre as pontes de Brooklyn e Manhattan. 

Curiosidade: em Maio de 2019, abriu aqui um Time Out Market.

Uma vez em Dumbo, querendo seguir em direcção a Williamsburg, haviam duas opções:  ou fazer tudo a pé ou apanhar um ferry (2.85 dólares). 

Nós optamos por ir a pé, de modo a sentir a vida quotidiana desta margem, o que teve como vantagem, ficar a conhecer melhor a área e sentir o espírito de BK. Por outro lado, quando chegamos à parte mais fixe, estávamos um pouco estourados!

Williamsburg é um bairro super versátil e conhecido pela sua multiculturalidade: Era a zona industrial e conhecida pela sua criminalidade, mas com a revitalização da zona rapidamente se tornou num bairro super cool e com baixos registos de criminalidade.  

Sempre que penso neste bairro há 3 grandes palavras na minha cabeça: Arte Urbana, Hipsters e Judeus. 

A arte urbana pode ser apreciada em vários recantos do bairro. Nós percorremos a zona junto ao rio, o que nos permitiu ver alguma arte urbana ao longo de Kent Ave (local onde acontece a Flea Market aos sábados). 

Mas isto é uma ínfima parte do que se pode ver explorando melhor esta zona. 

Outro destaque é o painel de Eduardo Kobra – artista brasileiro que tem imenso trabalho espalhado por NY, assim como em BK, mesmo numa das artérias mais movimentadas do bairro, expõe o seu ‘’fight for street art’’, na Bedford Avenue

Na mesma rua, temos uma loja de vinil e cds, a Earwax Record, será este o primeiro indício dos hipsters? Existem imensas lojas deste género. 

Cafés, Restaurantes e bares, não faltam por aqui, mas a coisa mais fixe é: o conceito Barcade – Bares de jogos de arcade e tabuleiro, com uma variedade de cervejas inigualável. 

Uma constante são as lojas de roupa em segunda mão, vou destacar a Beacon’s Closet e a L Train Vintage. 

Além das concept stores e lojas vintage, a coisa sente-se explorando as ruas e observando as pessoas nas suas rotinas diárias, os estilos que vagueiam por lá e a música que se ouve nas ruas.

Uma das surpresas que Williamsburg me proporcionou foi o facto de lá existir uma enorme comunidade de judeus ultra ortodoxos. 

Existem zonas completamente exclusivas nas quais nos sentimos até um pouco ‘’culpados’’ de lá passar.  Ruas em que os nomes das lojas, as paragens de autocarro ou todas as sinaléticas estão escritas em hebraico, e apenas se avistam judeus nestas áreas mais restritas. Quase como se te sentisses, de repente, em Israel. 

Se tiverem interesse em saber acerca disto, recomendo recomendo um filme da Netflix: One of Us. 

Bom, ir a Brooklyn e não sentir um pouco da vibe gangsta não seria a mesma coisa, mas, apesar de seguro, se a quiserem evitar, aconselho a não passar por zonas mais ‘’obscuras’’ onde aparentemente não se sintam confortáveis. 

Também querem sentir a vibe ‘’Máfia Hustler’’? Para isso passem neste restaurante, e parem para almoçar ou jantar: Peter Luger Steak House.

Esta steakhouse é super conhecida e um pouco de paragem obrigatória para muitos turistas, mas tem um ambiente super ‘’godfather’’. Ou façam como nós, e entrem apenas para usar a casa de banho (entramos para pedir uma mesa mas disseram que ia demorar uma hora, fomos a casa de banho e saímos. Mas foi o suficiente para sentir o ambiente).

Nesta zona, explorem a Broadway e a já referida Bedford Avenue.

O nosso principal objectivo era ver o máximo de Williamsburg, deixando assim Downtown Brooklyn, Coney Island, Botanic Garden, Bushwick e o Prosper Park para uma futura visita. 

Mas a realidade é que fazer esta escolha inicial de ir a pé de Dumbo até aqui, fez com que perdêssemos muito da zona mais interessante, o caminho até lá, apesar de ter valido a pena, foi tempo que poderia ter investido em Bushwick a ver arte urbana. 

Quanto à segurança durante o nosso passeio? 

Achei super tranquilo. Mas não ficamos indiferentes ao facto de algumas ruas de prédios todos idênticos conterem grades nas janelas. Fez-nos pensar qual a razão de lá estarem, seriam motivos actuais ou mais antigos. 

Nas zonas mais exclusivas a judeus sentimos nos como num mundo que não era o nosso, sentimo-nos bastante observados e rapidamente percebemos que aquilo não era lugar para nós, sentimos algum desconforto, mas só isso.  

Por fim, quando passamos em algumas zonas menos movimentadas, nomeadamente na envolvente às linhas de comboio, em que claramente era um ponto de encontro dos “gangsters”, tememos efectivamente pelos nossos bens pessoais (máquina fotográfica e afins), fomos bastante olhados, não de uma maneira que inspirava muita confiança. 

Em todo o dia foi apenas este momento que nos deixou mais receosos, mas ninguém nos interpelou, seguimos o nosso caminho e tudo correu bem. 

Mas, é natural existirem ruas ou becos onde passes, um pouco por acaso, em que te podes sentir desconfortável, porque simplesmente não pertences aquele lugar. 

Se pensam em visitar Nova Iorque não se esqueçam desta zona! Vale muito a pena, pela sua diversidade cultural, pelo tipo de vida muito mais simples que se vive ali em comparação com Manhattan, e claro por ser super cool. 

Quanto a mim, tinha imensas expectativas (sou óptima a criá-las) e ainda assim fiquei super impressionada com Dumbo e a Bedford Avenue. Deixei muiiiitoooo por fazer, mas estou optimista em conseguir fazer tudo o que queria um dia destes (ou em vários).

xoxo, 

Brooklyn baby, Mars

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