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Mars To Travel

Santa Maria, Ilha do Sal, Cabo Verde

Santa Maria

O nosso alojamento levou-nos ao limite da zona este da cidade de Santa Maria, onde alugamos um pequeno apartamento numa rua meia abandonada. Se por um lado uma pequena cozinha permite poupar algum dinheiro em refeições, por outro sentimos desde logo falta da vida local à nossa volta. O apartamento fica a alguns quarteirões da praia de Santa Maria, acerca de 6 minutos a pé do centro, bem junto ao o Mercado Municipal, numa zona residencial da cidade cabo verdiana, bem longe dos hotéis e outros alojamentos de luxo. 

Largamos as malas no apartamento e saímos a pé para explorar a cidade. 

Fomos automaticamente levados até a zona à volta da praia de Santa Maria, onde começamos por explorar a rua 1º de Junho, rua mais central e conhecida pelos vários restaurantes, lojas e bares que se fazem encher de turistas. 

Esta rua pedonal foi reestruturada em 2018, convidando ainda mais turistas de resort a explorar esta zona de Santa Maria, o resultado é uma zona ‘’europeizada’’, com edifícios bastante diferentes da zona mais residencial, com restaurantes que pouco têm a ver com o ambiente tipicamente cabo verdiano.

Enquanto na Boavista o turismo em massa se restringe a meia dúzia de resorts espalhados pela ilha, aqui encontramos uma faixa cheia de hotéis, apartamentos, restaurantes e bares junto à praia. A margem da praia transforma-se numa zona balnear com esplanadas direcionadas para o mar, música mais ‘’comercial’’ nos bares de fachadas abertas.

As lojas de grande montras e organizadas, denunciam a sua fraca autenticidade, os restaurantes que servem hambúrgueres ou que têm ementas em todas as línguas tornam o ambiente um pouco superficial, interferindo com a essência local, dificultando as escolhas de quem quer experienciar, de facto, a cultura local. 

Já os vendedores locais têm uma abordagem mais persistente, quando comparados com as outras ilhas que visitamos, o que torna a procura de um souvenir local uma atividade menos tranquila, apesar da apropriação do lema “no stress” pela ilha. 

A antagónica ‘’vida de consumo’’ que se vive ali, quando comparado com os quarteirões anteriores dá-nos um impacto visual que tem um efeito pesado quando pensamos que dali até a praia é território dos que visitam a ilha, deixando, mais uma vez, a vida local um pouco de lado. 

Continuas a testemunhar as crianças a brincar de um lado ao outro, mas és confrontado rapidamente com a marca do turismo nesta zona. 

O feeling foi quase como se se tratasse de dois mundos diferentes. 

Um dos poucos sítios onde a atividade local e a atividade turística parece conviver em relativa harmonia é a passadeira de madeira no centro da praia de Santa Maria. 

Neste local os pescadores largam durante uma boa parte do dia os peixes apanhados no mar, enquanto outros os preparam com uma faca para venda. 

Este mercado de peixe improvisado pareceu-nos a última réstia de movimento local ali mais em cima da praia, vê-se todo o tipo de pessoas a abastecer-se ali, este mercado que abastece restaurantes, locais e também alguns turistas.

Este passadiço é também um local de diversão para os mais jovens, que se lançam à água através da estrutura, as imagens falam por si 😉

Ao lado dos barcos de pesca, há pequenos barcos a chegar e sair para cursos de mergulho ou para outros passeios turísticos. Toda a atividade com a água cristalina do mar à volta torna o lugar único.

Aqui, podes fazer imensas atividades aquáticas desde surf, windsurf, snorkeling: tanto contratando aulas como alugando material. 

Mal se pisa o areal é impossível não querer correr em direcção ao azul turquesa bem vivo. Achamos a praia muito apetecível e de cores únicas, cheia de vibe e que em nada fica atrás do mar das caraíbas. 

Onde comer?

Em Santa Maria comemos muito bem, tentamos explorar ao máximo antes de escolher onde ir, questionando quem ali vive dos lugares onde experimentar a cozinha local. Em todas estas opções vimos locais enquanto consumidores, o que nos deu bastante confiança. 

D’Angela: Este restaurante simples, virado para o mar serve ao almoço um buffet bastante variado, mas também tem pratos à carta.  Nós comemos polvo e garoupa grelhados (1200 escudos cada), porque foram as recomendações que nos deram, e mão ficou àquem. O peixe era bastante fresco, e o polvo estava optimo!

Este local também é fixe para ficar a ler ou beber algo fresco durante ou ao fim do dia, tem uma simples e apetecível explanada em cima da área. 

Café Criolo: As recomendações deste sítio falavam de duas coisas, os pequenos-almoços de cachupa e omolete (250 escudos) e a lagosta suada. Fomos lá pelas duas coisas, em dias diferentes, e não desapontou.

A famosa lagosta suada à Cabo Verde, é cara, mas dividimos o prato, era uma espécie de ‘’ensopado’’ de lagosta e era mesmo muito bom. 

Cam’s: Este restaurante fica junto ao mercado de artesanato, é conhecido pelos locais pelas diárias. São simples, boas e por 600 escudos comes o prato do dia, bebida e sobremesa – o ponto alto deste restaurante que também se distingue pelo atendimento simpático. 

Barracuda: Este restaurante fica em cima do areal, a poucos metros da água e tem um ambiente muito amoroso. A esplanada está forrada de palmeiras, e podes jantar literalmente com o pé na areia. A menina que nos recomendou o sítio avisou logo que o atum do chefe com redução de frutas tropicais era o melhor prato, e não desiludiu. Como entrada tivemos uma experiência: provamos as cracas, e ficamos bastante surpreendidos com a frescura deste petisco (também muito consumido nos Açores). Este jantar não nos custou mais de 3000 escudos. 

Gira Mondo: Uma gelataria típica italiana, com gelados muito bons, frozen yogurt e tudo aquilo a que estamos habituados, like, crepes e waffles. 

Bar di Nos: Esta é uma churrasqueira familiar, onde tudo se passa num pequeno pátio a porta de casa, com o grelhador na borda da estrada. Podes comer atum grelhado por 500 escudos, ou frango de churrasco por 350 escudos. Passamos aqui todas as noites com vontade de lá, porque o ambiente era muito autêntico, não desiludiu!

Beber um copo?

Existem muitos outros locais que poderia destacar, com música ao vivo logo da rua 1º Junho, mas são tantos e tão fáceis de encontrar que não vale muito apena. Vou apenas destacar um, pela sua simplicidade: 

One Love Reggae Bar: Este bar fica um rooftop na rua 1º de Junho, é uma bar muito simples e bastante cuidado, onde se pode beber enquanto se ouve reggae e se vive o mantra do ‘’no stress’’. Gostamos deste bar, o atendimento é super simpático, e aproveitem para experimentar o grogue da ilha. 

 

Onde comprar?

Basta passear pela Santa Maria, rapidamente serás abordado por alguém a querer convidar-te a visitar a loja de souvenires que lhe pertença, existem imensas lojas na rua 1º de Junho. 

A maioria serão senegaleses que atravessaram o Atlântico em busca de trabalho na Ilha do Sal, como em qualquer parte do globo este tipo de lojas vendem todas mais ou menos o mesmo, e são muito mais caras do que as das outras ilhas que visitamos. 

Têm de ir à loja de uma cabo verdiana muito simpática, em que os preços eram bastante mais baixos do que a média nesta ilha, foto abaixo. 

Outro ponto onde se podem fazer compras engraçadas é num mercado de artesanato que também me pareceu ter na sua maioria senegaleses, mas onde se encontram coisas diferentes do que nas lojas de rua. 

Queres saber mais?

Para saberes mais sobre a nossa viagem à Ilha do Sal, lê o post inteiro acerca da experiência aqui

xoxo,

Mars

 

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