Mars To Travel
How Beyoncé made a Big part of my life
(tentei responder a esta questão numa noite de insônia, vou usar a resposta aqui)
Na verdade isto é fácil de responder. Basta pensar que tenho 31 anos, e ela se mantém activa, nos ‘’charts’’ desde que eu tenho 9 anos.
Esta semana, consagrou-se a única artista – de sempre – a ter hits em 4 décadas consecutivas. ‘’Ain’t that ‘bout a bitch?’’
Em miúda, como não tinha acesso a computadores ou internet, estava muito limitada às músicas que encontrava pelas rádios. Felizmente, cedo comecei a comprar álbuns, o que me deu alguma margem para descobrir a musica além dos singles, e géneros mais diverificados do que aqueles que apareciam nas rádios.
De início comecei a ouvir as Destiny’s Child, nas colectâneas ‘’ NOW’’, quem nunca?!
Nessa altura ela tinha apenas 15, e escrevia aquelas que eram as musicas mais ouvidas no final da década de noventa, a com as Destiny’s Child.
1998: Independent Women;
1999: Survivor;
Quem não admitir que dançava isto com as amigas, está a mentir!
Adorava os Hits das DC, mas nesta altura, apesar de já ser vidrada em algumas bandas ou artistas (Backstreet Boys, Linkin Park ou Coldplay, muito ecléctico né?) a admiração não passava disso, das músicas que se faziam ouvir nas rádios.
Posteriormente, comecei a perceber o sentido de cada single.
Enquanto que, o ”Survivor” fala de modo directo acerca da depressão vivida pela B, e pelo fim das DC, ”Independent Women” tem uma mensagem feminista profunda, de emancipação.
2003: Crazy in Love – Era: Dangerously in Love
Este é o momento em que tudo muda, a pressão da carreira a solo deu-nos um clássico, que até hoje é uma das mais tocadas músicas da queen B – de sempre!
Uma das minhas favoritas.
Como disse Bono Vox, em 2011 ”ela faz sons que viverão para sempre” – e esta é, uma delas certamente.
Lançada em Maio de 2003, fez esta semana 17 anos (!!!).
Na altura, o único acesso a cultura que tinha, era o rádio, estava limitada ao que lá passava. Não conheci este álbum aqui, descobri-o mais tarde.
2004: Lose my Breath
O retorno das Destiny’s Child, para aquele que seria o seu último álbum, pelo menos até à data.
2004/2005: Me Myself and I
The beginning.
Associo muito esta música ao momento em que comecei o meu estado de groupie (no melhor sentido possível desta palavra).
Pela primeira vez ouvi-a, muito além dos hits das DC ou o ‘’Crazy in Love’’, ouvi a mensagem de empoderamento e proximidade, numa música pessoal e sem medo de mostrar vulnerabilidade.
Algures em 2004 – apesar do álbum Dangerously in love ter saído em 2003 – graças a uma grande amiga, comecei a ouvir este álbum no seu todo, o que me despertou mais interesse na B, do que tinha tido até então.
Nesta altura com 15/16 anos, já não tinha particular interesse, ou paciência, para música ‘’Pop’’, a banhada de J-Lo e Britney Spears já tinham esgotado os meus ouvidos para este género.
Mas, felizmente descobri o R&B.
2006: Déjà vu & Get Me Body – Era: B-day
Este álbum foi lançado no dia 4 de Setembro, de 2006 , dia do seu 25º aniversário. (No mesmo dia em que Jay-Z oferecia um Rolls Royce Silver Cloud à queen B, de presente.)
Não me apaixonei pelo ‘’Beautiful Liar’’ feat. Shakira, não liguei muito ao B-Day até ao Déjà Vu ser lançado como single. (ah, se o Spotify existisse na altura!!!)
Felizmente, mais tarde, dei uma segunda oportunidade a este que foi o primeiro álbum visual da Beyoncé.
Lembro-me de ouvir o Déjà Vu ou Get me Bodied em loop, de me apaixonar pelo Freakum Dress, Ring the Alarm ou Resentment (para quem acha que a B fala de traições do Jay apenas no Lemonade, esqueça!)
Depois de um suposto breakup, a musica ‘Déjà Vu’ e ‘Upgrade You’ veio reforçar a ideia que o casal ”Jayoncé” veio para ficar.
Sou da opinião que este é um dos álbuns mais consistentes da Beyoncé, até hoje. O álbum foi gravado em 3 semanas, logo após finalizar as filmagens do filme Dreamgirls (onde fez de Diana Ross), o que influenciou imenso este trabalho. As influencias musicais basearam-se nos sons da década de 70 e 80, utilizando géneros musicais como blues, jazz e soul, conjugados com o novo RnB e Hip Hop.
Para muitos, este é o melhor trabalho da Queen B, até à data, dada a quantidade de hits que ele tem. Pessoalmente, é um dos poucos em que não dá para ”skippar” nenhuma música.
Por esta altura, a Bey estava no auge, – mais uma vez – aparecia em tudo o que eram prémios musicais, ou passadeiras vermelhas. Por esta altura já a chamavam Queen da Pop & R’n’B.
Uma das performances que mais gosto, é uma actuação nos VMA, com a coreografia icónica Ring The Alarm (Jay-Z o que é que andavas a fazer?!) . A performance é super forte, e as referencias ao Michael Jackson nela são obvias, uma das suas maiores referências.
2006/2007: The Beyoncé Experience
Foi o segundo DVD musical da B (o primeiro foi ”Live at Wembley”), gravado num dos concertos da sua tour para promoção do álbum B-Day.
As performances, são a Beyoncé. A Beyoncé são as performances.
Digam o que disserem, ninguém tem noção do trabalho empregue pela B, até vê-la neste registo. E este, foi o primeiro produto global feito a partir disso, com utilização da sua primeira tour mundial a solo.
Daqui aprendemos algumas coisas que se mantém até hoje: a banda a B, é composta apenas por mulheres – Suga Mama; e as backing vocalists – The Mamas.
O empenho nas performances ao vivo é outra coisa que aprendemos, e que esperar que assim seja até ao fim das suas performences.
Se a fasquia já era elevada, o factor de perfeição associado a tudo que faz, veio para ficar. A progressão e maturidade, desde o primeiro álbum até esta era, eram notórios.
2008: Halo & Single Ladies & Diva (amor à primeira vista ❤️) Era: I am Sasha Fierce
É incontornável, foi aqui que o meu estatuto de beyhive se cimentou.
O vídeo de Single Ladies – gravado num só take (qual 1917 qual quê) foi o que mais assisti na vida.
Foi sem dúvida um ponto alto de 2009 para toda a cultura pop.
Talvez seja o álbum que menos gosto da Beyoncé.
Mas na altura foi a razão pelo qual nunca mais larguei a B, denotando-se um enorme progresso, face ao B-day, mas não o suficiente para ser um trabalho melhor (quando apreciado como um todo).
É um álbum duplo, com duas histórias distintas.
Se por um lado temos a inofensiva e apaixonada Beyoncé com músicas como If I were a Boy ou Broken Hearted Girl no álbum ” I AM”, em contraponto, conhecemos o alter ego – ”Sasha Fierce” – com Single Ladies, Diva ou Ego.
Para promoção do álbum, tivemos a I AM WORLD TOUR, Lisboa esteve incluída na tour, mas o meu estatuto de estudante, não me permitiu ir, chorei baba e ranho.
Abaixo, a minha música e video favoritos, deste álbum (não ia por o Halo nem o Single Ladies, né?!)
2010 – I am World Tour
Com mais de 130 concertos, a ‘’ I am World Tour’’ foi a maior tour mundial da queen B, até então.
Se já gostava das suas músicas até aqui, ao assistir o ‘’filme’’ da tour descobri que a minha admiração, respeito e impressão acerca da B poderia ser ainda maior 😳
Foi também neste ano que descobri, com maior detalhe, os álbuns anteriores, e me apaixonei pelo anterior B-Day.
É possível testemunhar que as musicas ao vivo, ganham um vida totalmente diferente, e na minha opinião, valoriza-as mais. Descobri músicas novas, que editadas em álbum não consegui valorizar. O plus? A Performance! A perfeição da performance é inacreditável.
Este dvd é gravado com frames de todos os concertos, com muitas reações das plateias, muitos gritos e até desmaios.
Pessoalmente, penso que é aqui que a conheço realmente, no seu expoente máximo, sei que foi aqui que começou a minha doença (ou será antes a cura?).
Ninguém conhece realmente o impacto da Beyoncé até ver o animal de palco que ela é.
Assisti a isto, milhares de vezes, e ainda hoje adoro assistir. Enchi as minhas irmãs disto, até hoje. Sei cada detalhe de cor, e o perfeccionismo está aos olhos de qualquer um.
Esta Beyoncé de 2010 não tem competição, assim como não tem a de hoje.
De todos os momento que amo neste trabalho, nada – NADA – bate a entrada!
O facto de entrar apenas com a sua voz, a sua silhueta visivel em contra luz, e, com a maior calma do Mundo entoar as primieras palavras de ”Deja Vu”, provocando o pânico de quem a espera por horas, para, depois destruir-nos a todos com o ” Crazy In Love”.
Tudo é perfeito, tudo. E é tudo trabalho, pensado ao pormenor.
Além disto, existe ainda um concerto mais intimo em Las Vegas, que merece ser visto ”I Am… Yours: An Intimate Performance at Wynn Las Vegas”.
2011 – 4 Era
Sai o álbum da Bey pelo qual mais esperei.
Com o estatuto de fã assumida, recebi o 4, uns dias antes do lançamento (vazou na internet), facto que perturbou o impacto do álbum em termos comerciais.
É indescritível o momento em que entro em excitação máxima ao perceber que tenho material novo para contemplar. E que material.
O 4 é um álbum com vocais e melodias mais clássicas, atemporais, e super criativas. É possivelmente o álbum que ficará para sempre marcado, como o ponto da sua independência artística.
Beyoncé despede o pai, da posição de manager, e tudo muda.
O single? Who Run The World!
Esta música e o vídeo que a acompanham são possivelmente uma das coisas mais corajosas e agressivas feitas pela B, até então.
As referências são óbvias ao empoderamento feminino, numa mensagem assertiva, forte e agressiva.
Quase numa batalha campestre, B surge com um exército, numa coreografia que serve a mensagem da música, numa revolução de dança.
O que poucos sabem, é que esta coreografia foi inspirada num vídeo de Youtube, de um grupo de dança de Moçambique, os Tofu Tofu. A história é contada pela própria B, no mini documentário ‘’The Year of 4’’.
A equipa da B, procurou-os por meses, em Moçambique, para que os pudessem levar até L.A., para ensinarem a coreografia a equipa que preparava o video.
Posteriormente, os Tofu Tofu foram convidados da B, no concerto gratuito que fez, já em 2018, na África do Sul.
Música favorita? Tive uma fase em que o ‘ I Miss u’ era uma música super importante, mas rapidamente passei para o 1+1. Mas e-me impossilvel escolher uma, ” I Care”; ”Rather Die Young”; ”Party” (video onde B anuncia que vai ter uma menina) ou ”Countdown” (video onde B aparece com um barrigão de gravida) vão ser sempre algumas das minhas musicas favoritas da queen B.
É a primeira vez que-lhe admiro um álbum na sua plenitude, não tenho mínima vontade de fazer skip a qualquer uma das músicas até ao dia de hoje.
2011- Artista do Milénio, Billboard & Glastonbury
Este foi um ano em pleno para toda a Beyhive, além do álbum novo recebemos uma performance histórica de Who Run The World (para a Billboard) que merece ser vista e revista mil vezes nesta vida. O poder empregue na performance e os apliques visuais completamente inovadores marcam este momento. Uma das minhas favoritas.
2011- Glastonbury
No mesmo ano, foi cabeça de cartaz do Glastonbury, mais um concerto para ver e rever, disponível no youtube.
2011- Live at Rooseland
Este ano não acabou aqui, para promover o álbum 4, estranhamente, Beyoncé não anunciou qualquer tour. Além do Glastonbury, marcou 4 concertos na mítica Roseland, uma das performances mais icónicas de sempre, onde revisita toda a carreira num concerto – com apenas 3000 pessoas – que daria num presente aos fãs no final do mesmo ano, editando-o em dvd.
2011- MTV – VMA
Nota para o inesquecível momento em que a Beyoncé anuncia a sua primeira gravidez, em Agosto de 2011. Este video foi noticia em todo o Mundo. Vale lembrar, que nem o Jay-Z sabia que ela o ia anunciar.
Além disso, nunca vi ninguém cantar assim.
E que, tanto na performance do Billboard, Glastonbury ou Rooseland já estava grávida.
2012: Regresso aos palcos
Beyoncé é mãe pela primeira vez em Janeiro de 2012. Em Maio do mesmo ano regressa aos palcos, para dois concertos em Atlantic City, decisão que a própria jurou nunca mais tomar. Demasiado arriscada.
No final do mesmo ano estes dois concertos foram editados em DVD e comercializados em conjunto com o documentário “Life is but a Dream” no qual a B fala da sua gravidez, e do seu percurso e independência musical.
Enquanto fã, este documentário é super especial, além de falar da sua gravidez, o tema central é a sua independência artística.
2013: Halftime Show & Bow Down bitches.
Em fevereiro de 2013, Beyoncé é anfitriã de um dos momentos mais valiosos na América, o halftime show, do Super Bowl.
Depois de meses em ausência, Beyoncé teve o seu regresso anunciado num dos eventos mundiais mais falados e vistos em todo o mundo.
Lembro-me de, em casa dos meus pais, ficar acordada até as quase 3h da manhã, para não perder o momento do intervalo do super bowl.
Lembro-me de estar ansiosa, e em lágrimas, logo após se ouvir como intro à performance o épico discurso de empoderamento de Vince Lombardi, e depois:
“super domme? One, Two, Tree, Four “ – Beyoncé
E lá fomos, colados ao momento, com o seu primeiro single “ Crazy in Love”.
Este momento foi lindo, assim como toda a performance, incluindo o aparecimento, em jeito de reunião, das D.C.. ainda hoje quando revejo sinto um mix de nostalgia e carinho por este momento de retorno.
Esta foi só a primeira noite, em que não dormi para poder assitir a uma coisa destas ao vivo.
Assim que a performance acabou, Beyoncé anuncia aquela que seria a sua terceira tour, Mrs Carter Show, World Tour.
Logo após o entusiasmo, vem a decepção. A Tour não tinha qualquer data para Lisboa. Era uma tour sem qualquer música nova desde 2011.
18/03/2013: Beyoncé lança a misteriosa ‘’ Bow Down’’, mais tarde utilizada, em ‘’Flawless’’.
Na altura a beyhive ficou muito confusa com este lançamento, tinhamos uma tour – sem musica nova – e agora, surgia esta agressiva ”Bow Down/I Been On”, sem aviso prévio.
13 de Dezembro de 2013: – Beyoncé Era
Acordei cedo e entrei em Santa Apolónia num comboio que me levaria até Tomar. Mal liguei o telemóvel, estava aí, o álbum visual, lançado de surpresa, sem qualquer divulgação.
(como a B refere no ”Feling myself” – ”World STOP!!)
O Beyoncé foi dropado, e andava à solta para quem o quisesse ouvir. 13 músicas, 17 vídeos musicais.
O Mundo parou, e isto não é um exagero.
Apesar me custe admitir escolher um, possivelmente é este o meu álbum favorito da Beyoncé.
Foi de uma valentia brutal, evoluir desta forma – o álbum fala por si.
A maneira como expôs o que lhe ia na cabeça, tanto na música e letras; como ao explorar novos caminhos vocais; a raiva empregue em determinadas passagens do album; as mensagens assertivas que a mostram sem medo de dizer o que quer que fosse; o filme que lhe fez acompanhar, a forma como consegue empoderar a sua posição feminina, falando abertamente de vários temas.
-Empoderamento da sexaulidade feminina, – Rocket (será sempre a minha música favorita desse álbum) ou YONCÉ/Partition (cujo videoclip foi gravado no mítico Crazy Horse, local onde B levou Jay Z na noite em que foi pedida em casamento);
-a sua independência em face à indústria musical – Haunted;
-imposições dos padrões de beleza – Pretty Hurts (video onde podemos ver a Beyoncé completamente sem cabelo);
-Feminismo, – a incontornável Flawless, o hit feminista que imortaliza um discursos da nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que emprega a sua voz e escrita ao feminismo.
Finalmente tínhamos material novo, quase 4 anos depois. E havia motivo para estar histérica.
Flawless, será sempre o momento alto deste álbum para mim. Nela consegue-se, claramente, ouvir o som familiar da prévia de Bow Down.
2014: Mrs Carter World Tour
Ainda em tour, e com um álbum novo, Beyoncé anuncia aquela que seria a última ronda de shows: Mrs Carter World Tour, starring BEYONCÉ.
Felizmente desta vez, tínhamos duas datas para Lisboa. Acordei com a notícia, hiper feliz. Senti-me ridícula, who cares?! 😂 as datas seriam 26 e 27 de março, comprei dois bilhetes golden circle para dia 26.
E roi-me por não comprar também para dia 27. Mas fui forte 💪 até porque o meu mais que tudo queria ver um concerto do legendary tigerman nesse mm dia. 😭
O dia do concerto foi aquilo q tinha de ser, conheci muita gente louca como eu, conheci alguns membros da banda da Beyoncé que circularam a volta do Altice Arena, destaque para a Bibi ( quem vir o Im World tour sabe quem é)!
Com tanta distração, esqueci-me de procurar a banca do Bey Good (Acção de Solidariedade da Beyoncé), que estava a aceitar donativos para a casa do Gaiato, em Lisboa. Por cada donativo feito receberias com stiker, que te poderia dar um upgrade no lugar.
Ao entrar na arena, pensei porra esqueci-me disso… mas vai ser praticamente impossível ter a possibilidade de upgrade.
Story of my life,
Ivy, acessória da Beyoncé, dirigiu-se a mim a perguntar se tinha o stiker. É uma possibilidade em literalmente 10000. 😳 e eu não tinha a porra do stiker.
Poderia ter ganho um upgrade incrível. Mas a minha trolhice lixou-me. E isto pq? A maioria não sabia disto, a maioria não pertence a colmeia e não sabe q a Bey estava a angariar fundos para causas de solidariedade local, em cada cidade que dava concertos, ao mm tempo que dava upgrades nos lugares. Nunca mais sou comida desta maneira.
O concerto? Incrível. 😍 não há descrição possível, nem quero que haja. Foi incrível.
E a teimosa da Beyoncé, desta vez, não lança dvd nenhum, para se matarem as saudades em casa.
No dia seguinte ao concerto, haveria outro. Ao qual não fui.
Ora, claro que o Jay-Z subiu ao palco nesse dia. (melão)
Infelizmente não tivemos DVD desta tour, mas antes uma reedição do album Beyoncé com uma selecção especial de musicas ao vivo, o X10 – que já dá para matar um bocadinho as saudades de tudo isto.
Mas, 2014 foi um óptimo ano… não há uma sem duas.
2014: On the Run Tour
Algures em Abril ou Maio, Beyoncé anuncia uma Tour conjunta com Jay-Z, apelidada com o nome de uma música que será, para sempre, a minha parceira preferida entre os dois.
Vamos por partes, o porquê deste nome para a tour?
Part II: On The Run é o nome da musica mais bonita alguma vez feita pelo casal #jayoncé.
O lançamento fez-se acompanhar de um vídeo que mais parecia ser um trailer de um remake do filme Bonnie & Clyde dos tempos modernos. Quem está por detrás disto, além do elenco de luxo, é a directora criativa Melina Matsoukas, que trabalhou com a B em imenos dos seus conteudos visuais, incluindo o posterior video de Formation (2016). Em 2019, Melina Matsoukas fez um dos melhores filmes que vi nesse ano (deixo a dica) Queen & Slim.
A tour era quase exclusiva à América, com a excepção de duas datas em Paris a 13 e 14 de Setembro de 2014.
Facto é, estávamos todos baralhados com o que tinha acontecido na noite do Met Gala (elevator fight), e a tour camuflava os problemas mais críticos.
Olhando para isto, agora podemos adivinhar o porquê – os dois estavam a tentar salvar o próprio casamento.
Muito se especulou, acerca dos problemas pessoais que estariam por detrás de tudo isto, por exemplo, em Agosto do mesmo ano, quando B recebe o prémio de Vanguarda da MTV, ela faz uma performance histórica – cantou TODAS as músicas, do seu álbum Beyoncé – mas, os media, só falavam da sua postura final, quando chorou ao receber o prémio das mãos de Jay-z. Um nojo.
Nota: Mais uma noite de directa para mim, em Portugal aconteceu algures às 04.00 da manhã, e eu, que tinha um voo para apanhar às 07.00 – caguei no nosso e fique a espera, para ver isto a acontecer em directo, e valeu. Não dá para partilhar o video, pois a B as vezes desaparece com videos da net xD.
E esta nem foi a unica vez que a queen B usou um concerto para atacar azinimigas, Houston em 2014.
2014: 7/11
O ano não terminou, sem que a B inventasse o conceito de TikTok, enquanto nos desejava feliz Natal e Ano Novo.
2015: Made In America Festival
Ao contrários dos anos que antecederam 2015 foi quase deserto para o fãs da queen B! Ainda assim podemos contar com duas aparições, de dois concertos distintos da abelha rainha.
Um deles foi a 31 de Agosto de 2015 (lembro-me de sair de uma festa de anos a altas horas da madrugada, para chegar a casa a tempo de assitir a isto). Este concerto teve transmissão em directo no Tidal, e aconteceu em Philadelfia no Made In America Festival.
Podemos ver o concerto na integra no Youtube.
2015: Global Citizen
Global Citizen está associada à Abelha Rainha, há varios anos. Em 2015, aconteceu um concerto em pleno Central Parque, em Nova Iorque, e lá estava ela. O concerto foi muito semelhante ao do MIA que acontecera apenas 15 dias antes, até porque também fiquei acordada esta noite.
O destaque deste dia vai para a interpretação linda, de ‘Redemption Song’, por Eddie Vedder e Beyoncé.
E a B estar nervosa não é ilusão optica, é fã assumida do Eddie Vedder.
2015: Tidal Event
B & Nicki deram show, num evento do Tidal, com o seu ”Felling Myself” mas apesar da performence ter sido digna de duas queen’s, não ha videos disso em qualidade (apenas no Tidal #shame). O clipe oficial da musica foi gravada no Coachella, enquanto as duas curtiam a vida no festival.
2015: Tributo a Stevie Wonder
2016: Formation – 6 de fevereiro de 2016
Era antecipado, que algo estava para a contecer.
A Beyhive sabia que existia um #projectlemonade e uma suposta musica chamada ”Formation” on the way. A própria B já tinha dado pistas no seu instagram.
Entre rumores de que a Queen B estava a preparar uma aparição surpresa no Super Bowl (que acontecia no dia seguinte), preparando-se para cantar material novo, algo que incluia a frase ” You just might be a black Bill Gates in the making”.. é lançada a ”Formation”.
O impacto foi gigantesco. O dirigido pela Melina Matsoukas, video era provocador e altamente politico, logo de inicio, “What happened at the New Orleans?” (na voz de Messy Mya, assassinado pela policia em NOLA); ”Bitch I’m back, by popular demmand”, B, fazia com que se assumisse de inicio quem manda nesta nesta mer## toda.
Com referências a Luther King; a abuso de poder policial contra afro-americanos; aos efeitos do furacão Katrina em NOLA; movimento “Black Lives Matter”, o orgulho na estética negra (Blue Ivy) resumidamente: o clipe fala da luta dos afro-americanos nos EUA.
Este grito de luta pela igualdade, e pela representatividade da comunidade negra nos EUA, teve efeitos gigantes.
Deixo um video fã made, acerca das referências no video e letra.
Das várias reações (inclusivamente de politicos) há que dar destaque à sátira: The day Beyoncé Turned Black.
2016: Super Bowl half Time Show & Formation World Tour
Os Coldplay eram os anfitriões do Half Time Show. Mas tinhamos pistas oficiais de que haveria um batle entre dois convidados, eram eles B e Bruno Mars. Com um outfit em homenagem à organização Panteras Negras e a Malcom X, B, voltou a fazer história.
E, claro aproveitou para um pouco de publicidade gratuita à Ivy Park, que seria lançada umas semanas depois.
2016: Formation World Tour
Se não fosse pela icónica performance, seria pelo anuncio da sua tour de estádios – Formation World Tour. Esta tour, é até hoje a maior e mais grandiosa em termos de aparato da Queen B. Infelizmente não passou por Portugal, e confesso, quase fui até Paris novamente, mas achei que seria demasiado (estou arrependida, claro). Foi uma Tour de estádios, e acabou por ser interrompida pela gravidez dos gémeos, os planos iniciais – que não chegaram a ser anunciados – tinham datas em Portugal, nos continentes Africano, Australiano e Asiatico. Ao contrário das anteriores tour’s esta não teve qualquer DVD lançado. Este tem sido um dos maiores pedidos dos fãs da B, a beyhive é tão chata com este assunto que a abelha rainha até lançou merchandising oficial com a frase ” Where is the FWT DVD?”
2016: ERA Lemonade
O anúncio foi feito, a 23 de Abril de 2016, num especial no HBO, ia ser transmitido, pela primeira vez e em exclusivo o album visual – Lemonade. Em Portugal era transmitido pela 01.00 da manhã, e lá estava eu, em mais uma noite em claro.
O impacto do Lemonade é inegável, desde ao lançamento em album visual composto por 12 músicas, cada uma num genero musical distinto; as músicas extremamente pessoais, que levantavam o pano, acerca do seu casamento e uma possivel infidelidade; o modo como constroi uma história -como se de um roteiro se trata-se – descrevendo o processo de uma mullher ao descobrir que havia sido traida pelo seu companheiro.
Aqui, a vivência pessoal é exposta, enquanto narra, em paralelo, a influência da escravtura na cultura negra – até aos dias de hoje – a maldição.
As referências são esmagadoras, e a obra merece ser lida num todo. Considerado por muitos a ‘masterpiece” da Beyoncé, o Lemonade quebrou barreiras tanto pela narrativa quanto pela audácia. Da mesma forma que algumas faculdades se dedicaram a estudar ”Beyoncé” o mesmo acontece com o ”Lemonade”.
Existe um podcast Dissect, que dedica toda a sua 6ª Temporada ao Lemonade, e expõe muitas das teorias por detrás dele.
Não sei se é o mau album favorito ou não (entre o 4, Beyoncé e Lemonade não arrisco) mas o impacto é inegável.
Pelos mesmos motivos, não arrisco a escolher uma música preferida. Enquanto que o ”Sorry” ou o ”Formation” são hinos, o ” All Night” é uma das músicas que me é mais querida. O ”Don’t Hurt Yourself” é a mais inacreditável, e ”Love Drought” um dos momentor mais encantadores do Lemonade.