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Mars To Travel

quarentena: semana 6

Semana do Sol, e também de alguma chuva . 

Esta semana foi o ‘’piloto automático’’ da quarentena, foi difícil ter ânimo extra, e não pensar em todas as coisas que já estavam presas na minha cabeça na semana passada. 

Sinto que cheguei a um ponto de consciencialização, em relação aquilo que costumava controlar na minha vida, e que, agora, deixei de conseguir controlar. 

Tanto numa perspectiva do dia-a-dia, como daqui em diante.

Tanto em relação ao Tsunami que todos vivemos, como quanto às réplicas que estejam por vir. 

E, ainda o estou a processar. 

Para me distrair, o teletrabalho ajuda. Mas assim que batem às 18h, em cada um dos dias, fica difícil, ou melhor, tem sido mais difícil manter-me ocupada. Não tenho tido muita paciência para ler, sequer para ver séries ou caminhar. 

É o que é. 

Tenho tentado contrariar um pouco, escrever posts para o blog, organizei algumas fotos..

Esta parte – dos meus dias – não tem sido tão natural como no início. Apesar de, estar a adorar trabalhar em casa, o facto de não ser uma real escolha começa a ‘’abater-se’’. 

Mas, está tudo bem. E como a música do Silva, ‘’Fica, fica tudo bem’’. 

Passar o 25 de Abril em casa, sem poder comprar um cravo vermelho, teve o seu quê de ironia. Mas, ouvir a ‘’ Grândola Vila Morena’’ da janela, e ver todos os vizinhos empenhados em cantá-lo teve o seu encanto. 

Assisti ao directo do Bruno Nogueira naquela noite (eu, e mais de 80 mil pessoas), e foi incrível o momento em que o Vhils esculpiu na própria sala de casa, Zeca Afonso. Enquanto todos ouvimos uma da senhas da Revolução de Abril. 

Também me ficou cravado, a intervenção de em plena Avenida da Liberdade, de Dino D’Santiago e Blanko. 

O espírito do dia, sentiu-se. 

Com ou sem festejos ou paradas militares organizadas, com ou sem celebrações na AR, pouco importa. 

Este dia maior da nossa democracia, não se reduz a qualquer um destes eventos, mas ao movimento de liberdade que vive dentro de nós todos os dias, e a sua celebração reflete isso mesmo. 

Que a memória e a consciência do que este dia representa nos permita valorizá-lo sempre. 

Ainda sobre o 25 de Abril, nunca é demais rever o filme ‘’Capitães de Abril’’ da Maria de Medeiros, assim o fiz. 

Entretanto, não vi séries novas, comecei e terminei a Khalifat, volto a recomendar. Continuei a ver a Ozark, sem perceber muito bem se vou continuar, ou não, a vê-la. 

Na sexta-feira passada, empenhamo-nos em fazer uma noite temática cá em casa, ‘’ Médio Oriente’’ até o pão pita foi feito pelo Thomas. 

Para me distrair, em momentos de maior urgência comecei a jogar o ‘’ Catan’’ online, não gosto muito de ficar tão dependente de uma actividade ‘’online’’, mas safa 😉

Descobri um podcast novo, ‘’Dissect’’. Este podcast já vai na sua sexta temporada, e por cada temporada analisa um álbum, ou seja, cada um dos episódios dedica-se a explorar uma-a-uma as musicas desse album. 

O podcast torna-se super interessante, pois em cada episódio explora, não só o que está por detrás de cada letra, como todas as suas referências análogas, os samples utilizados e todo o tipo de curiosidades. 

Comecei a ouvir a sexta temporada, que começou a 23 de Abril, mas vou certamente ouvir as anteriores. 

Um pouco como inspiração, este podcast levou-me a propor a mim mesma construir uma playlist diferente, esta semana. 

Na música, principalmente no R&B e Hip Hop, sempre fiquei empolgada e curiosa pela denominada ‘’arte do sample’’.

Sempre achei incrível a capacidade dos modernos ‘’engenheiros musicais’’ aka produtores, de fazer música nova, homenageando obras antigas. 

A minha playlist desta semana elenca, algumas das minhas músicas preferidas que, na verdade, utilizam samples de outras. 

Diverti-me imenso ao fazê-la, e se algumas são velhas conhecidas, outras descobri-as esta semana. 

Se alguém aqui chegar, que me dê feedback da playlist e me diga se surpreendeu com alguma 😉

Fiquem a salvo!

Até para a semana, 

Mars.

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