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Mars To Travel

Ilha de São Miguel, Açores

Roteiro de 5 dias pela Ilha de São Miguel

Com o Covid-19, todos os planos de viagem ficaram em suspenso no ano de 2020. De maneira geral, depositámos todos os planos de viagens (e outros) de 2020, em 2021. Guess what? Mega Fail.
Ou não.
Apesar de, em bom rigor, desejarmos voos mais distantes, neste mês de Abril tivemos o privilégio de voar até à Ilha de São Miguel, nos Açores.
O quê? Viajar em tempos de Covid?! Sim. Estávamos confortáveis para o fazer, e cheios de gana em apanhar um voo.
O que deves saber antes de ir?
Antes de mais precisam de saber que é necessário fazer teste ao Covid, nas 72h anteriores ao voo.
Caso a estadia em qualquer ilha do arquipélago dos Açores seja de sete ou mais dias, devem voltar a realizar um teste no 6.º dia e no 12.º dia, numa autoridade de saúde local.
Estes testes são gratuitos, e assumidos os seus custos pela Região Autónoma dos Açores. Podes consultar a lista de laboratórios neste link.
Quando receberes o teu teste negativo, deves proceder ao registo dos teus dados na plataforma My Safe Azores, de modo a facilitar no aeroporto à chegada.
Nós optamos por marcar no DRIVE-THU, em Sacavém. Na hora marcada, fizemos o teste e foi super rápido.
Para ambos, o primeiro teste à SARS-CoV-2, para ambos negativo. 

Dia 1

Voamos numa sexta a noite, por isso acordamos já em Ponta Delgada no sábado de manhã, com a chave do carro que alugamos na mão, e prontos para descobrir a ilha.

Optamos por ter duas noites em Ponta Delgada, e ficamos no Hotel Comfort Inn.

A Lagoa das Sete Cidades foi o primeiro local para onde rumamos, mas com o nevoeiro que fazia nesse dia, do Miradouro da Vista do Rei nada se conseguia ver, apesar da nossa fé num tempo descoberto. 

Subir até ao ultimo andar do Hotel abandonado junto a este miradouro é a recomendação de todos os que já subiram ao seu ultimo andar, nós dispensamos isto.

No entanto, mais à frente durante a viagem pudemos saber que contrariamente ao que julgávamos, este Hotel que mais parece que ficou com a construção a meio,  efectivamente funcionou na década de 80/90.

O seu encerramento deveu-se ao facto de prometer grandes vistas sobre a Lagoa das 7 Cidades, no entanto, com o tempo enevoado a maioria dos dias, os consumidores sentia-se enganados, o que levou ao seu encerramento.  

Mais a baixo, no Miradouro do Cerrado das Freiras, o tempo mais aberto permitiu observar a Lagoa. 

Paramos ainda na margem das lagoas, antes de rumar ao centro da aldeia das Sete Cidades, para beber um café e visitar a Igreja de são Nicolau.

Paragem seguinte no Miradouro da Lomba do Vasco, onde se tem uma visão para o lado sudoeste da ilha, e na Ponta do Escalvado onde se pode admirar a extensa baía dos Mosteiros.

Já na Praia dos Mosteiros vimos as Piscinas Naturais dos Caneiros, e ficamos com aquela vontade de dar um mergulho, não fosse os 20 graus ventosos que estavam neste dia.

A primeira oportunidade para um banho de água quente é na Ponta da Ferraria, muito próximo desta localização, nós não fomos.

Um dos locais para comer polvo e lapas era um pequeno mais simpático restaurante chamado Restaurante Gazcidla. Almoçamos lá, e foi sem duvida uma das melhores refeições que tivemos na ilha. 

O Miradouro das Cumeeiras tem uma vista muito cool para a Lagoa das Sete Cidades, o nevoeiro não deixou ver grande coisa, antes de ir em direcção à Ribeira Grande. 

Paramos em Rabo de Peixe, onde demos um passeio pelo bairro de pescadores. 

Dali fomos até ao Praia do Areal de Santa Barbara, para depois ir até à Praia do Monte Verde.

Se a dica de comer polvo e lapas ficou vista neste dia, a dica do melhor bife também, o jantar foi no restaurante da Associação Agricola de São Miguel, e sim foi impossível encontrar melhor bife do que o que comemos aqui. Aconselho a marcar. 

 

Dia 2

Acordamos em Ponta Delgada, era Domingo e demos um pequeno passeio para beber um café. O ambiente geral (talvez por ser Domingo) e era bastante calmo, e foi difícil encontrar lojas ou um café aberto.

Saímos de Ponta Delgada em direcção a São Roque, paragem obrigatória para uma foto.

Dali íamos em direcção à Lagoa do Fogo, mas como o tempo estava impecável (#sóquenão) foi impossível ver o que fosse.

Prosseguimos estrada fora, até ao Miradouro da Bela Vista, onde finalmente estriei o tripé.

Os planos de almoçar não estavam bem definidos, mas como temos amigos incríveis que nos deram dicas de todos os spots para comer na ilha, fomos até Porto Formoso, onde almoçamos no simpático e agradável restaurante ”Casa de Pasto O Amaral”.

Ele comeu o divinal atum, e eu os chicharros fritos que estavam uma autentica delicia.

Já no decorrer da tarde e depois de um pequeno passeio por Porto Formoso, paramos no Miradouro de Santa Iria para apreciar a incrível vista que nos proporciona.

De seguida fomos até à plantação de chá do Chá Correana. Visitamos o museu, compramos chás e tiramos as fotos da praxe nos campos de chá, cuidadosamente desenhados e imensamente bem cheirosos.

Agora era hora de seguir caminho até Povoação, onde ficamos as restantes 3 noites.

Na entrada do concelho de Nordeste fizemos uma pequena paragem para admirar a ribeira, entre Lomba de São Pedro e Salga, o mágico acerca da Ilha São Miguel é que parece que cada detalhe foi pensado ao pormenor. Tanto nas estradas, como em cada recanto, tudo está bem cuidado e parece ter um propósito.

Pelo caminho demos com o Miradouro Pedra dos Estorninhos, muito perto da Achadinha e do Parque Natural dos Caldeirões (destaque para o Trilho do Poço Azul).

Estava na hora do primeiro banho de água quente ao ar livre, fomos em direcção às Furnas, e à famosa Poça da Dona Beija (entrada custa 6€ adultos, 4€ crianças).

Este Spa a céu aberto, assim como toda a Ilha São Miguel, estava imaculadamente bem tratado, cheio de vegetação tropical e de verdes vivos pelas encostas que lhe compõem as margens.

Após este relaxamento máximo, fomos até à Quinta Atlantis, local incrível onde fomos incrivelmente bem recebido e tratados durante estas 3 noites.

Nesta noite jantamos por Povoação. 

Dia 3

Começamos o dia com uma vista incrível da casa onde ficamos, após de um pequeno almoço com todos os produtos regionais que merecíamos, saímos de casa em direcção às Furnas. 
Começamos por fazer uma paragem nas Caldeiras das Furnas, antes de ir ver o desenterrar do cozido. Surpresa, surpresa, a Lagoa das Furnas não se via, mas lá conseguimos ver o cozido a ser desenterrado.
Reservamos almoço no Tony’s, recomendado por uma amiga muito querida. Delicioso.
Durante a tarde aproveitamos para passear pelo Parque Terra Nostra (entrada 8€). Este jardim incrível super verde, cheio de vegetação e plantas tropicais, caldeiras e nascentes de águas que emergem do solo.
No final fomos experimentar a piscina de água termal  (aconselho a levar algo para proteger a roupa/sapatos quando forem à piscina, pois pode chover e não há propriamente um local para pousar a roupa). Não se aflijam pela cor da água, sabe super bem aquela agua quentinha (mas usem um bikini antigo, pois pode estragar-se).
Depois de um banho na Quinta Atlantis, fomos fazer um passeio pela Povoação. 
Depois, ainda nos aventuramos até dois miradouros indicados por um senhor que encontramos na rua, enquanto mudava as suas vacas de pasto: Miradouro do Pico dos Bodes e Miradouro do Por do Sol. Nesta zona ficou por fazer o Trilho do Salto do Prego (basicamente o único pedaço da ilha que não passamos). Para nós não ha duvida, esta foi a nossa zona preferida da ilha, super verde, super bonita

Dia 4

Depois de um incrível pequeno almoço, rumamos até à primeira paragem do dia, Ribeira Quente. A beleza natural deste local é deliciosa, e a sua Praia do Fogo é conhecida pela água tépida das nascentes hidrotermais submarinas, que fazem dela uma das praias mais frequentadas de São Miguel. Escusado será dizer que em pleno Abril não pude experimenta-la 😉
Tenho que referir que o caminho até a Ribeira Quente é possivelmente o mais bonito de toda ilha. A estrada de curta e contra curva conta com uma vegetação rica, algumas cascatas, o que reforçou a nossa ideia de que este é o canto com a maior beleza natural de São Miguel. Apesar de não termos feitos nenhum, existem imensos trilhos entre Ribeira Quente e Povoação. 
Daqui partimos em direcção ao Miradouro do Lobo das Milhas e mais uma paragem nas margens da Lagoa das Furnas. Já em Vila Franca do Campo, apreciamos o Ilhéu, primeiro visto da praia, e depois do Miradouro de Nossa Senhora da Paz.
Um dos locais que me recomendaram como um dos sitios a não perder.
Depois deste passeio, fomos almoçar ao local mais amoroso, bonito e apetecível de toda a ilha, Caloura. Bebemos um gin e comemos um peixe incrível.
Este pedaço de terra banhado pelo mar de azul vivo contra as rochas, foi um dos recantos que mais gostamos na ilha. Estava um lindo dia de sol, pena que não estava calor suficiente para um mergulho no mar.
Depois disto, e já que estávamos (relativamente) perto, fomos até à Plantação de Ananás, em Ponta Delgada. 
Tentamos ainda mais uma vez ir até à Caldeira Velha, mas à semelhança do segundo dia na ilha, os banhos estavam interditos. Após este fail n.º 2, fomos até ao Salto do Cabrito, e apesar de não dar para mais, ficamos com a sensação que os trilhos pedestres por aqui também devias ser giros.
O nosso dia terminou na Ribeira Grande, onde passeamos, vimos o por do Sol e petiscamos qualquer coisa antes de voltar a Povoação. 

Dia 5

No nosso último dia, coincidiu também com o dia em que fiz 32 anos, e haviam duas coisas claras como água: o céu estava limpo, e a nossa vontade de levar morcelas e queijos até ao continente. Não havia nada que realmente fosse necessário fazer, nem havia qualquer pressão, apenas uma reserva ao almoço, em Ponta Delgada. 
A nossa primeira paragem após check-out no nosso alojamento, foi o miradouro do Salto do Cavalo.
Rumamos em direcção a Ribeira Grande, para uma rápida visita pela Salsicharia Ideal, onde compramos enchidos para oferecer.
Passamos novamente pela Praia do Areal de Santa Bárbara para um café, antes de regressar a Ponta Delgada.
Visitamos o Mercado da Graça, e o Rei dos Queijos: o local mais recomendado para comprar queijo, com preços super atrativos e produtos deliciosos.
É possível provar a maioria dos queijos antes de os comprar.
Já com a necessária reserva, fomos almoçar a ”Tasca”, um dos restaurantes mais recomendados pelos Açoreanos.
Nas duas horas que tínhamos aproveitamos para ir até ao Miradouro do Pico do Carvão (INCRIVEL!!!!) fomos ainda rever a Lagoa das Sete Cidades, através do Miradouro do Rei, desta vez com sol 🙂

O que recomendamos:

Espero que o post vos inspire 🙂
xoxo,
Mars

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