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Mars To Travel

Marrocos - Antes de ir

Neste post quero deixar-vos dicas, caso estejam a planear visitar Marrocos, recomendando que o façam de modo totalmente independente. 

Vale a pena investir algum tempo em tentar perceber o que realmente querem visitar. 

Muitas vezes as viagens organizadas acabam por limitar a experiência, uma vez que o cliente acaba por não ter controlo sobre os locais a visitar e o tempo em cada visita. 

Outra desvantagem das tours organizadas neste tipo de destinos é o facto do guia muitas vezes acabar por nos levar a restaurantes e lojas mais turísticos e menos locais, podendo retirar alguma autenticidade à experiência. 

Tal como referi no meu post anterior, esta foi a viagem que mais sonhei fazer e é por isso que a escolhi como inspiração – e desafio – para a minha estreia no blog.

Surpreendentemente, pelo menos para mim, há quem não se sinta muito seguro em viajar até este destino. Talvez pela sua cultura (tão rica e tão diferente da nossa) ou pela religião predominante, mas a verdade é que Marrocos é um país bastante seguro, tendo uma taxa de violência praticamente de zero.

Uma das coisas que mais tento ter em atenção antes de visitar qualquer país é perceber de antemão em que cultura nos vamos inserir – ainda que seja por alguns dias.

Por muito que a nossa opinião ou crença seja divergente da predominante no local de destino, não nos podemos esquecer que somos ‘’visitas’’ em território que não é o nosso e devemos, pelo menos, respeito a quem nos recebe em sua casa ;).

Os marroquinos de um modo geral são pessoas afáveis, simpáticas e bastante prestáveis. 

Mas a verdade é que também são um povo habituado ao turismo e a fazer dinheiro dele, afinal, não é por acaso que o turismo é a terceira maior fonte de rendimento da economia local.

Os marroquinos são, na sua grande maioria, muçulmanos e param 5 vezes por dia para rezar (os 5 salát), encarrega-se o Almuadem de chamá-los à mesquita. 

As mesquitas são locais de culto que devem ser respeitados e quase sempre vedados aos turistas. Quando permitida a entrada, os visitantes são convidados a cobrir o corpo, nomeadamente pernas até aos tornozelos, ombros e, por vezes, até os cabelos.

Ah, e não estranham se forem convidados a visitar a casa de alguém e vos peçam para se descalçar. 

Visto:

Os portugueses não precisam de qualquer visto para viajar para o país, apenas de passaporte com validade de pelo menos 6 meses. 

Moeda:

A moeda marroquina é o Dirham.

Uma das maneiras mais fáceis de conseguires Dirham, é convertendo euros por esta moeda, mal chegues ao aeroporto, num balcão de câmbio devidamente identificado.

Outra alternativa, é mediante levantamento. As caixas de ATM são bastantes comuns em Marrocos e acredito que este deva ser o modo mais cómodo de ter Dirhams sempre que precises – poupando-te de andares com grandes quantidades de euros contigo.

Deves é aconselhar-te com o teu banco, quanto às taxas que cobram nestes levantamento, e claro, mas não tão óbvio quanto isso, se o teu cartão funciona por lá.

Pessoalmente, odeio andar com demasiado dinheiro comigo, então as taxas cobradas pelo banco são essenciais para definir o melhor método a utilizar a cada viagem. 

Uma solução boa é a utilização do Cartão Revolut, se seguires o Link poderás encomendar um sem pagar qualquer preço. 

Língua Oficial: 

Árabe e Berbere (no interior do país), mas é fácil comunicar em francês, inglês, espanhol e, surpreendam-se por vezes, até português. 

Voos:

A partir de Lisboa  existem vários voos directos para Marrocos:

  • Casablanca
  • Fez
  • Marraquexe

Consulta o Skyscanner ou a Momondo para saberes mais acerca dos preços dos voos. 

Chegar a Marrocos de carro: 

Eu não tive esta experiência, mas li, em tempos um artigo excelente, do site Tempo de Viajar, sobre esta matéria, por isso convido-vos a fazer o mesmo. 

Transportes:

A maneira mais interessante e confortável de se viajar por Marrocos é alugando um carro, o que pode custar cerca de 250,00€ para uma semana, ficando bastante económico viajando, por exemplo, em grupo. 

Viajar de carro pelo país vai ser uma experiência super rica, e segura! 

Conduzir: Conduzir em Marrocos não é perigoso, ao contrário da ideia generalizada que existe. As estradas podem não ser as mais confortáveis do Mundo, mas isso será um acrescento à viagem. Os marroquinos são um pouco confusos na sua condução, mas com calma e paciência, rápido se entra no esquema.

Dica, aconselho a ler o post sobre como evitar multas em Marrocos no site Tempo de Viajar, que achei muito interessante. 

Também é possível viajar entre cidades de autocarro ou táxi partilhado, o que ficará com que estes trajectos sejam bastante baratos por pessoa. 

(exemplo: Ouarzazate a Marraquexe poderá custar apenas cerca de 7€). 

Viajar de autocarro também é possível, deixo duas opções: 

Dica super genérica sobre táxis, definam bem os preços ANTES de entrar no táxi para no final da viagem não terem surpresas.

Compras:

Os comerciantes marroquinos são muito persuasivos e uns excelentes negociantes. 

Sempre que quiserem comprar algo, ofereçam 1/3 do valor que vos pediram inicialmente, é muito provavelmente que fechem negócio. 

Por vezes podem parecer um pouco ‘’insistentes’’ mas cabe-nos a nós encaixar que o negócio é o meio de sustento deles e culturalmente não desistem com muita facilidade. 

Depois de 4 ou 5 dias no país é possível que já estejas farto e com a sensação de que os comerciantes marroquinos estão sempre a tentar tirar alguma vantagem do turista.

Recomendo negociar, mas também recomendo perguntar o preço apenas se tiverem real interesse no artigo. 

É muito comum ser-se convidado a beber chá, quando estamos em alguma loja, aceitem. 

É considerado falta de educação não aceitar o chá oferecido e não se sintam obrigados a comprar, mas ofereçam-se para pagar o chá, caso não comprem nada no local onde vos ofereceram o chá. Provavelmente será oferecido na mesma, mas será simpático oferecer pagamento pelo chá. 

Bom, como este blog é meu #diva e nem tudo é perfeito: 

A coisa mais estúpida que me aconteceu em Marrocos foi no contexto de compras. Claro que eu estava em Marraquexe e queria uma tattoo em henna, que efectivamente tive. 

O problema foi no momento de pagar, apesar de ter combinado um preço com a senhora que me fez a tattoo, no final ela pediu mais dinheiro e algo que custaria cerca de 3 Dirham, passou a custar quase 200 Dirham. 

Este momento foi super constrangedor, era o último dia da viagem, e efectivamente eu já não tinha mais moeda local. Apesar de ter negociado pelo dinheiro que tinha na carteira, deu confusão na mesma. 

Bom acabei por lá deixar uma nota de dez euros e as senhoras ainda ficaram a gritar que queriam mais…. xD

Comida: 

A comida em Marrocos é óptima, mas bem condimentada. Vegetarianos não terão qualquer problema em arranjar deliciosas refeições. Experimentem, sem medos! 

Um dos hábitos locais é comer com a mão, se o experimentarem usem a mão direita – até para comer com as mãos há etiqueta, pensavam o quê?

O pão é delicioso! E o tagine de frango, e de borrego, e os pequeno almoços e…etc etc.

Em relação à bebida, estamos a falar de um país árabe, e que em sequência não consome álcool. 

Os turistas podem consumi-lo, mas não será fácil de encontrar. 

A bebida mais popular é o chá de menta, servido em quase todo o lado – até mesmo em lojas de lembranças. Este é um sinal que o vosso anfitrião tem gosto em receber-vos e aprecia a vossa presença.

Desfrutem, afinal estão em Marrocos.

Tomadas: 

Tipos C e E, ou seja, são iguais às nossas. 

O que vestir: 

Apesar de ocidentalizado, por respeito ao país, os turistas devem evitar usar roupa demasiado justa, curta ou decotada, ainda que ninguém vos julgue se o fizerem. 

Apesar de acreditar que podemos viver todos em liberdade de crenças e costumes, havendo espaço para todos, convém não esquecer que somos ‘’visitas’’ num país conservador. Ter em atenção estes detalhes não nos custa nada e, afinal, ninguém está a propor que usem o traje local. 

Segurança: 

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Marrocos é um país bastante seguro. Nem por um momento me senti insegura ou em ambiente mais hostil. 

Como em qualquer local que visite, podem existir pessoas que se queiram aproveitar ou tirar partido do turista. Mas isso é inevitável aqui ou qualquer outra parte do globo. 

Não se deixem levar por quem vos aborda com intenção de vos levar à loja X ou Y, se não quiserem ou se sentirem desconfortáveis, recusem o convite e sejam assertivos nas vossas escolhas. Continuem a caminhar e ignorem se a pessoa insistir, é a melhor maneira de contornar pessoas abusivas. 

Não se esqueçam de agir com educação e simpatia, e sejam pacientes! 

Afinal estão de férias, não vale stressar 😉

Espero que as dicas tenham sido úteis!

xoxo, 

Mars

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